“Seis homens, todos muito curiosos e dedicados, foram colocados diante de um elefante. Desejavam observar e aprender. Como se pareceria tal animal, quais seriam o formato e o tamanho de tão rara criatura? Mas eram completamente cegos. Por isso podiam apenas tatear o animal, para depois tentar defini-lo.
O primeiro aproximou-se, tocou a larga e dura barriga e disse: “O elefante é muito parecido com uma parede”!
O segundo, ao sentir uma das presas de marfim, exclamou: “O elefante é muito parecido com uma lança”!
O terceiro, por acaso, chocou-se à tromba: “O elefante é muito parecido com uma cobra”!
O quarto abraçou uma das pernas: “O elefante é muito parecido com uma árvore”!
O quinto alcançou as orelhas: “O elefante é muito parecido com um leque”!
E o sexto, por sua vez, ao perceber o fino rabo, constatou: “O elefante é muito parecido com uma corda”!

Argumentaram entre si por horas, em vão. Ao mesmo tempo em que estavam todos parcialmente corretos, estavam também todos completamente errados pois o elefante tem, na verdade, flancos como muros, dois grandes dentes como lanças, tem uma tromba que parece uma cobra, e pernas como pequenas árvores, o rabo parece uma corda e, as orelhas se parecem com grandes abanadores. Juntando tudo isto, temos uma descrição, quase perfeita, de um elefante! ”
Não é raro observar discussões em que os envolvidos têm a mesma conclusão a respeito de determinado objeto de pesquisa, porém nunca se entendem. Cada um descreve os eventos de maneira distinta, ao mesmo tempo em que se recusa a avaliar sob um ângulo diferente.
A distribuição de informações e a disseminação do conhecimento encontram um enorme obstáculo nas características e pontos de vista singulares das pessoas. Experiências pessoais têm peso maior, enquanto que as alheias tendem a valer menos, seja por arrogância ou confiança nos próprios sentidos.
No caso do nosso texto cada um dos cegos “VIU” o elefante numa ótica, mas, nenhum deles pode “ver” o elefante inteiro, pois ele era muito grande.
Assim é também a nossa percepção de Deus: cada um de nós pensa que tem uma perfeita compreensão do seu ser, mas, Deus é grande demais para a mente de qualquer um de nós.