Certa vez, um rei muito amado, sentindo-se envelhecer, achou por bem decidir qual dos seus três filhos herdaria o trono. Tarefa difícil, porque todos eles eram dignos da coroa.
Certa manhã o rei os chamou à sua presença e disse-lhes:
– Estou velho e já sem forças para governar. Deus deu-me a sorte de ter três filhos maravilhosos e tenho certeza de que qualquer um de vocês dará um bom rei. No entanto, só um será coroado. Por isso, a melhor maneira que encontrei para decidir-me por um de vocês é submetê-los à uma prova.
– Estou velho e já sem forças para governar. Deus deu-me a sorte de ter três filhos maravilhosos e tenho certeza de que qualquer um de vocês dará um bom rei. No entanto, só um será coroado. Por isso, a melhor maneira que encontrei para decidir-me por um de vocês é submetê-los à uma prova.
– Cada um saia agora, procurem onde quiser e tragam para mim, hoje à noite, aquilo que vocês julgarem ser o melhor símbolo do nosso reino. Os nobres me ajudarão a decidir. Quem trouxer o melhor símbolo será o futuro rei.
Um dos príncipes decidiu procurar no próprio castelo, nos seus museus e nos seus tesouros.
Outro, procurou os sábios do reino e passou o dia discutindo o assunto com eles.
O terceiro, resolveu dar uma volta pelo reino, visitar o povo, conversar com as pessoas simples. Nestas suas andanças encontrou um menino arando a terra em meio às lágrimas.
– Porque choras, menino?
– Meu pai morreu e minha mãe está doente. Preciso arar este campo e lançar as sementes ainda hoje, mas não consigo arrastar este arado sozinho. Queria terminar logo, para ficar com a minha mãe.
– Porque choras, menino?
– Meu pai morreu e minha mãe está doente. Preciso arar este campo e lançar as sementes ainda hoje, mas não consigo arrastar este arado sozinho. Queria terminar logo, para ficar com a minha mãe.
O príncipe pensou na prova do rei, sabia que não tinha tempo a perder, mas, decidiu ajudar o menino. Um pouco, pelo menos.
Porém, o garoto era muito simpático e, conversa vai, conversa vem, as horas se passaram rapidamente.
Terminaram o serviço e ainda foram visitar a mulher doente, que muito agradeceu a ajuda do nobre viajante (nem ela sabia que era o príncipe).
À noite, o príncipe que ficara no castelo, apresentou ao rei e aos nobres um velho cofre de ouro cravejado de pedras preciosas. Antiquíssimo símbolo do tesouro da família real. Símbolo de estabilidade e poder.
O segundo apresentou uma velha espada que pertencia ao seu pai, símbolo dos difíceis tempos das batalhas para se estabelecer aquele reino. Símbolo da coragem e valentia.
– E você, meu filho, o que nos trouxe? perguntou o rei ao último.
– Nada, meu pai. Saí para visitar o nosso povo e deparei-me com as lágrimas de um pequeno órfão de pai que arava o campo. Fiquei tão comovido com seu sofrimento que interrompi minha busca para ajudá-lo. Como não sou acostumado ao trabalho pesado, cansei-me demais e não tive forças para continuar minha busca. Desculpe-me, senhor.
– Chegue-se aqui, meu filho. Deixe-me ver suas mãos.
– Nada, meu pai. Saí para visitar o nosso povo e deparei-me com as lágrimas de um pequeno órfão de pai que arava o campo. Fiquei tão comovido com seu sofrimento que interrompi minha busca para ajudá-lo. Como não sou acostumado ao trabalho pesado, cansei-me demais e não tive forças para continuar minha busca. Desculpe-me, senhor.
– Chegue-se aqui, meu filho. Deixe-me ver suas mãos.
Ao ver as bolhas que se formaram em suas mãos, o rei levantou o braço do rapaz e disse para todos:
– Este é meu escolhido, pois ele nos trouxe não um, mas quase todos os símbolos mais relevantes do nosso pequeno reino:
– Este é meu escolhido, pois ele nos trouxe não um, mas quase todos os símbolos mais relevantes do nosso pequeno reino:
* Primeiro, ele foi até o nosso povo. Um rei jamais pode deixar de estar com seu povo.
* Segundo, ele foi capaz de parar para ouvir uma criança.
* Terceiro, ele foi capaz de se comover com seu sofrimento.
* E, por último, demonstrou que é capaz de prestar ajuda a quem precisa.
EMPATIA! CAPACIDADE DE OUVIR! COMPAIXÃO! AÇÃO!
Este rapaz tem todas as qualidades de um grande rei. Quem concorda comigo, diga: Viva o rei!
E todos gritaram “Viva o rei”, inclusive seus irmãos.
Aprenda a fazer o bem; busque a justiça, acabe com a opressão, faça justiça ao órfão, defenda a causa da viúva.
Isaías 1.17
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