segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O poder da oração - A Balança


Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou em um armazém, aproximou-se do dono, conhecido pelos seus maus modos, e pediu se ele lhe podia fiar alguns alimentos.
Explicou-lhe que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar, e, que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém, com os seus maus modos riu-se da pobre senhora, dizendo que a sua loja não era a casa dos pobres, e, que tudo ali se pagava com dinheiro.
Mais uma vez a pobre senhora envergonhadamente implorou e disse que pagaria assim que tivesse dinheiro.
Ele respondeu que ela ali não tinha crédito, nem tão pouco conta na sua loja.
Um freguês que estava de pé junto ao balcão, ouvindo toda a conversa disse ao comerciante que desse à senhora tudo o que ela necessitasse, e que pusesse na sua própria conta.
Relutante o comerciante perguntou à senhora:
– Você tem uma lista do que precisa?
– Sim disse ela.
– Muito bem, coloque a lista no prato da balança, e o que ela pesar eu lhe darei em mantimentos.
A pobre mulher hesitou por instantes a com a cabeça curvada, retirou do bolso um pedaço de papel, e escreveu alguma coisa nele, colocando-o depois no prato da balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança, com o papel, desceu e permaneceu em baixo.
O comerciante, já irritado com o marcador da balança, virou-se para o freguês e comentou contrariado:
– Eu não posso acreditar!

O freguês sorriu e o comerciante começou a colocar os mantimentos sobre a balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado por alguns instantes olhando para a balança, tentando entender o que tinha acontecido.
Finalmente, pegou no pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras, e sim uma oração que dizia:
“MEU SENHOR, O SENHOR CONHECE AS MINHAS NECESSIDADES E EU AS DEIXO EM SUAS MÃOS”
O comerciante deu as mercadorias à mulher que, no mais completo silêncio agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse:
– VALEU A PENA CADA CENTAVO PAGO… SÓ DEUS SABE O VALOR DE UMA ORAÇÃO.

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