Perdoar

Um dia uma pessoa me ensinou que mesmo quando se tem a alma açoitada pelas injustiças do mundo, se deve perdoar e deixar o que é ruim ir embora e absorver o que é bom para si e perdoar os que te feriram.

Nem sempre porque as pessoas mereçam o seu perdão, mas sim porque isso lhe trará leveza de espírito e tranqüilidade interior para seguir em diante.
Perdoar não quer dizer que você precise a conviver com a pessoa que você perdoou. Mas sim que você concedeu o seu perdão para que ela e você possam seguir em paz cada um o seu caminho dali para frente.
A mágoa é como um espinho eu alguém fincou em seu pé. E a cada passo que você dá, mesmo não estando longe de quem o fincou, vai fazer com que você se lembre dela com tristeza e mágoa.
Seu perdão em relação a outra pessoa, é como tirar o espinho para que você possa caminhar sem dor mais adiante. No momento ainda irá doer, mais a ferida irá cicatrizar e com o tempo a dor irá diminuindo mais e mais até você não se lembrar mais dela.
Já se você deixar o espinho, a ferida vai ficando mais profunda a medida em que você caminha, mesmo estando longe de quem te feriu.

Infelizmente essa pessoa que tanto me ensinou, não caminha mais ao meu lado, para me ajudar em minhas lutas, mas ele deixou em meu caminho pegadas e marcas de amor, ensinamentos e dicas raras e essenciais para o meu caminhar.

Mesmo que ele não possa me ouvir, sei que onde ele estiver caminhando hoje em dia, saberá que estará sempre em minhas

orações, sentirá mesmo á distancia que eu elevo meus olhos aos céus pedindo ao Pai que continue o conduzindo pelos caminhos do bem, que ele possa seguir por caminhos retos e planos. 
E que possa sempre ajudar a todos que encontrar sentados pelo meio do caminho, desiludidos e sem fé. 
Assim como fez comigo um dia, ao me encontrar em meio a um caminho truculento e sinuoso. Onde parecia não ter mais como trilhar, ele veio e mostrou que nunca caminhamos sozinhos, e que embora não possamos ver ninguém ao nosso lado, sempre haverá a mão de Deus nos orientando e guiando todos nossos passos, se assim nós permitirmos.

Autor: Carmen Lucia Sabino.