quarta-feira, 1 de março de 2017

Resiliência

Nessa vida passamos por muitas situações de grandes obstáculos em meio ao caminho. Deparamo-nos com ventos fortes, tempestades, solavancos, barreiras, enxurradas, ondas gigantes, correntes contrárias, buracos, caminhos escorregadios, caminhos escuros. 
Temos momentos de medo, solidão, angustia, somos feridos, magoados e sangramos muitas vezes até na alma.
Passamos por muitas dificuldades que na hora parecem vir para fazer nos parar, mas na realidade são para nos fazer crescer, ficarmos fortes, elevar-nos. 
Pois a vida é composta por momentos bons nos quais temos um refrigério e outros ruins nos quais nos fazem mais fortes.
Nesses momentos ruins somos obrigados a tomar uma decisão e optarmos quase sempre em escolher entre nosso desejo, nosso “eu” ou as opções que temos a nossa volta, que quase sempre são dolorosas e assustadoras. 
Achamos não conseguir, não termos forças suficientes. 
E somente bem depois que atravessamos pela dificuldade é que descobrimos o quão fortes éramos diante do obstáculo.
Muitas oportunidades só vêm a nós após passarmos por grandes adversidades, caso contrário não estaríamos prontos á recebê-las.  
Vendo tudo desse ângulo chego à conclusão de que as dores e dificuldades servem para nos tornar fortes.
Que é preciso aguentar firme e de pé, a tempestade para poder ver o arco Iris que vem logo após.
Que mesmo depois de um longo e rigoroso inverno, virá à primavera com lindas flores e nos fará esquecer as noites gélidas que passamos.
Que nunca sabemos o quanto somos fortes, até a hora que isso se torna nossa única opção.
Que aquela dor que parece não ter fim e que parece atravessar o peito até o fundo da alma, ela vai embora e sobrevivemos.

E quando olhamos para trás vemos que tudo o que passamos foi imprescindível para a formação de nossa força, de nosso caráter, de nossa personalidade enfim, do que somos agora.

Autor: Carmen Lucia Sabino


“As pessoas mais belas com as quais me encontrei são aquelas que conheceram a derrota conheceram o sofrimento, conheceram a luta, conheceram a perda e encontraram sua forma de sair das profundezas. Estas pessoas têm uma apreciação, uma sensibilidade e uma compreensão da vida que nos enche de compaixão, humildade e uma preocupação amorosa profunda. As pessoas belas não surgem do nada”. 
Elisabeth Kübler-Ross)

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