domingo, 3 de janeiro de 2016

O jardim


Um competente jardineiro, que amava muito seu jardim, dedicando-lhe os cuidados necessários. 
Mesmo assim, apesar de seus cuidados, no seu jardim também cresce mato. 
Ele, com muita paciência, sempre que preciso, arranca o mato, esperando ter extirpado também sua raiz. 
Mas o mato volta a crescer.
Nas primeiras vezes, fica muito mal-humorado, achando que seus cuidados deveriam eliminar o mato para sempre e que esplêndidas flores e rosas perfumadas devem tomar o lugar da urtiga e das ervas daninhas. 

Cada vez que extirpa uma delas, ilude-se que será a última, que, de agora em diante, nunca mais brotará nenhuma erva ruim, porque ele é um jardineiro competente. 
Mas, apesar de todos seus esforços e empenho, de vez em quando, o mato ressurge.
Por sua experiência, o jardineiro entende que a erva ruim não depende de seus cuidados, mas da natureza do terreno. 
Uma vez que toma consciência disso, não fica mais irado. 
Porém, continua a tomar cuidado e a extirpar as ervas ruins, assim que as vê brotar, para não permitir que se expandam e contaminem o resto do jardim.

Um terreno mesmo cultivado com boas sementes, dará belas flores, mas também dará ervas daninhas e matos indesejados. Cabe ao jardineiro cuidar para que predomine as flores ou o mato. E ele deverá ficar atento, pois algumas ervas daninhas também florescem e podem enganar os olhos do jardineiro, se esse não estiver atento. O que vai se destacar no terreno é da conta do jardineiro...

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